A Invencível Marvel, Capitã Marvel

A 3 semanas atrás decidi assistir ao filme que antecede o final do grande arco principal do universo Marvel, sim o filme solo de Capitã Marvel. Uma super-heroína por muito desconhecida das grandes massas e muitas vezes deixada de lado pelos leitores mais ávidos de HQ's. O começo do filme é bem repentino e já começa com a protagonista começa já com seus poderes recebendo ordens dos Kree onde ela acaba por participar de uma missão em que é capturada, esse começo em particular eu gostei muito pois não tivemos que ver o passado da personagem até ela ganhar seus poderes, seu passado e construção vai se desenvolvendo através de flashbacks bem trabalhados. Até por que eles têm explicação no meio da trama em que os Skrulls e os Krees mexem na memória de Caroll Denvers. Em sua fuga da nave nossa protagonista acaba na terra e tem seu primeiro contato com Nick Fury um agente da Shield, treinado, experiente, ex-espião que participou de diversas missões ao redor do mundo. Bem acontece que nesse filme o personagem vira somente um alívio cômico que vai só piorando com o passar do tempo, eu ouvi outras opiniões dizendo que esse podia ser um bom filme de Buddy Cop como o famoso Máquina Mortífera, porém não é isso que acontece pois Nick Fury é totalmente desconstruído em relação aos outros filmes e ao próprio plot apresentado. Embora a parceria pareça "fluir bem" durante o filme não havia nenhum motivo para tanta confiança adquirida instantaneamente pelos dois, repito Fury era um espião experiente, como em pouco tempo ele pode aceitar a história de Caroll tão facilmente? como ele saberia que a própria não era uma ameaça a terra?.

Então temos uma fuga em que os dois já completamente entrosados continuam a investigar o passado de Denvers e descobrir o que os Skrulls e os Kree estão atrás. Nisso existe o reencontro com Maria Rambeau ex-parceira de voo e melhor amiga de Caroll, Maria parece ser o personagem mais coeso em toda a história e o momento em que elas conversam sozinhas mostra isso. Os Skrulls então chegam para conversar (como localizaram eles eu não sei e nessa parte acontece uma das piadas mais fora de tom e vergonhosas) e mostram uma gravação do que realmente aconteceu no acidente (aqui acontece uma das melhores piadas do filme) que tirou a memória da Capitã e deu seus poderes meio sem sentido, mas quadrinhos não precisam fazer sentido né? se não teríamos um cientista morto pelo câncer ao em vez do Hulk. Essa cena poderia resultar no breakdown da personagem em que ela teria que rever seus preconceitos e realidade a que foi submetida por tanto tempo desaparecer do nada e ter sido traída. Tudo isso aconteceu por meio minuto e consertado com três frases de Maria e um choro nada convincente da Capitã, isto seria uma ótima hora para ela se libertar do suposto dispositivo que tiraria seus poderes e que a controlava.

Por fim para acabar existe uma batalha em uma estação espacial secreta escondida pela Kree que estava escondida na terra que era também a comandante superior da Capitã, descobrimos que lá estava o tesseract o objeto de desejo dos Kree enquanto os Skrulls buscavam apenas salvar suas famílias que estavam escondidas na mesma estação. O esquadrão Kree liderado por Jude Law então capturam a Capitã que consegue se libertar e destruir inclusive o dispositivo que comedia seus poderes pelo poder de suas emoções. Em seguida a sequência de lutas é boa e bem feita na minha opinião que seria bem melhor sem a música "I'm just a girl" que é fora de sintonia com a situação de batalha.

Para finalizar eu quero dizer que não odiei o filme, gostei muito das cenas de ação que embora não sejam memoráveis são bem feitas e legais de assistir, gostei de algumas piadas do filme, gostei da narrativa que consegue se explicar e não se perder no meio e da Maria Rambeau. Agora esta obra é cheia de defeitos que poderiam ser bem mais trabalhados e infelizmente grande parte deles vem da protagonista, muitas pessoas falam que a atriz não é carismática por não sorrir muito ou por não fazer piadas, eu não concordo com isso pois a personagem cansa de dar sorrisos e participar de piadas, porém a falta do carisma é verdade não pelos motivos a cima, mas porque a atriz não consegue protagonizar suas piadas da maneira certa e eu culpo o próprio roteiro por tentar colocar situações nada a ver a persona ali. Eu preferiria que a Capitã Marvel fosse realmente fechada e durona pelo seu treinamento como uma ARMA de guerra dos Krees que vai se abrindo pouco a pouco conforme a verdade vai surgindo, seria um filme diferente e mais autoral algo que eu esperava da primeira protagonista solo da Marvel que decidiu de novo fazer o básico. E é claro que esse filme tem um peso político como Pantera Negra teve em relação a representatividade, porém existe uma cena que poderia muito bem ser refeita em que a Capitã Marvel acerta um raio fotônico no vilão que a provocava a lutar sem poderes e diz que não precisava provar nada para ele, a mensagem por trás disso ficou tão clara que me tira do clima do filme. Essa cena seria perfeita se ela simplesmente acerta-se o raio e arrasta-se o vilão até a nave, o espectador entenderia do mesmo jeito. O grande público não é burro e ninguém aguenta mais esse tipo de frases de efeito.

Então quando eu vou classificar um filme gosto de usar as estrelas de 1 à 5, assim o filme pode ser dividido da seguinte forma:
1 estrela o filme é horrível Master Shit
2 estrelas o filme é ruim
3 estrelas o filme é assistível
4 estrelas um filme bom acima da média
5 estrelas Master Piece do cinema

Para Capitã Marvel minha classificação será de 3 estrelas por que o filme poderia ser muito mais do que mostrou, porém ainda é um filme divertido como a Marvel sempre tenta fazer os seus filmes, só não sei se assistirei de novo.