terça-feira, 24 de setembro de 2019

Fate/Saiba Quem Foi: Bartholomew Roberts

Vindo da era de ouro da pirataria, Bartholomew Roberts atende ao chamado do protagonista de Fate/Grand Order (ou não né). Nada muito à falar sobre ele, parece um personagem decente em questão de aparência e personalidade, um tanto de acordo com o verdadeiro, tirando que o verdadeiro deveria ser um tanto mais feio, mas é anime né?!




BARTHOLOMEW ROBERTS

Em 1682 Casnewydd-Bach, no condado de Pembrokeshire,  sudoeste do País de Gales, nascia John Roberts. Aos 13 anos o jovem começou sua aprendizagem como marinheiro e supõe-se que tenha participado da Guerra de Sucessão Espanhola servindo a Marinha Real Britânica entre 1702 e 1713. Ao fim da guerra serviu em navios negreiros, destino comum para vários marinheiros desempregados da guerra. Em 1719 John estava à serviço do Princess quando o navio foi atacado pelos piratas de Howell Davis. O capitão pirata então, como era de costume, convidou os marinheiros sobreviventes à juntar-se à tripulação pirata e dentre os sobreviventes estava John Roberts que recusou a oferta por desprezar os piratas. Davis se interessou por Roberts e o forçou à entrar pra tripulação. Passado um tempo o ex-marinheiro acaba se interessando pela nova vida, mas não por ganância ou qualque coisa assim, como era o comum, então abandonou o nome John e passou à se chamar de Bartholomew, especula-se que em homenagem ao bucaneiro Bartholomew Sharp. Pouco tempo depois Davis morre em uma emboscada dos portugueses e a tripulação se vendo sem capitão elegeram Roberts que, de acordo com eles, era o mais inteligente, possuía uma bravura reconhecida por todos além de ser um ótimo navegador. Nascia o capitão pirata Bartholomew Roberts.



O primeiro ato de Roberts como capitão foi liderar um ataque de vingança ao forte dos portugueses que mataram Davis. O ataque foi bem sucedido até certo ponto, pois alguns portugueses fugiram para a cidade mais próxima que era bem protegida tanto geograficamente como também por soldados portugueses e Roberts teve que convencer seus comandados que não valia a pena continuar o ataque, pois haveria várias perdas de seu lado. Os piratas voltaram desolados, mas ainda lançaram um pequeno ataque de navio à cidade e depois foram embora satisfeitos. Seus outros feitos consistiam nos atos de pirataria de sempre como saquear navios, conseguir mais homens, atracar onde quisesse para saquear portos, inclusive Roberts e seus homens já atracaram no Brasil, mas os métodos de Roberts eram menos violentos e mais eficientes, se valendo de emboscadas rápidas e precisas e às vezes poupava a tripulação saqueada. Também ficou conhecido por conseguir trazer ordem para o mundo pirata agindo como um verdadeiro comandante, e seu carisma reuniu vários ao seu comando se tornando quase um rei para os piratas.



Depois de várias aventuras, traições e perdas de navios Roberts e sua tripulação roubam um navio que chamam de Royal Fortune e com o qual passaram mais tempo e nessa época o capitão pirata já possuia uma grande esquadra. Certo dia um navio da marinha chamado Swallow se aproximava do Royal Fortune quando seus tripulantes estavam festejando e os marinheiros aproveitaram a oportunidade para pegar Roberts desprevenido. Sem saber o que fazer o capitão pirata lançou um ataque desesperado junto com seus homens, mas não havia mais como vencer. Roberts então se lançou ao capitão da marinha tentando acabar pelo menos com o líder, mas foi atingido na garganta por uma bala perdida de mosquete caindo morto em cima de uma canhoneira. Mais tarde o homem que foi conhecido como Bartholomew Roberts ganhou o apelido póstumo de Black Barts e agora ninguém mais ouviria o rugido degenerado de Black Barts.




Bartholomew Roberts (Rider)




Na cultura popular

Não tem filmes nem séries baseados em Bartholomew Roberts, mas se quiserem tem vários livros tendo-o como protagonista. Dois deles são The Devil's Captain (1992) e The Requiem Shark (1999).





OBS: Bartholomew Roberts aparece ou é citado em outras obras, assim como é referenciado em outras. Ele aparece em Assassin's Creed: Black Flag, é citado no livro A Ilha do Tesouro e no anime One Piece o rei dos piratas Gold Roger tem certa semelhança com Roberts.




domingo, 22 de setembro de 2019

Fate/Saiba Quem Foi: Jason

Jason (ou Jasão como quiser chamar) é um herói destemido que qualquer um que tenha um mínimo de conhecimento sobre mitologia grega já ouviu falar desse herói que reuniu outros heróis gregos conhecidos no melhor estilo Vingadores e juntos navegaram na Argos enfrentando criaturas aladas, sendo ajudados por deuses tudo pela busca do Velo de Ouro. Mas infelizmente esse herói caiu nas mãos dos artistas e desenvolvedores do mundo de Fate. Em Fate/Grand Order Jason é um loirinho metido, mal humorado, egoísta, egocêntrico, narcisista, mal consegue bater ou socar alguém e não pensa duas vezes antes de abandonar seus aliados. Eu não sou fã do Jasão dos mitos trair a Medéia, mas eu lembro dele ser um babaca só nessa parte do conto. Imagina como a viagem deve ter sido chata pros heróis do Fate andarem com esse cara na Argos. E outra, a galera do Fate/Grand Order parece que tem uma tendência a mudar a aparência de personagens que apareceram em outras séries como caras de meia idade barbudos. Jason é um exemplo desses, ele aparece no Unlimited Blade Works como um cara de meia idade barbudo em um flashback da Medea. O mesmo aconteceu com Fionn Mac Cumhaill que no Zero aparece novamente como um cara de meia idade barbudo, mas no Grand Order é um bombadinho loiro de cabelo longo, acho que pra ter mais apelo pro público feminino sei lá. Aliás, lembram que diziam que a classe Saber é a mais forte? É tanto que no Grand Order não tem Sabers abaixo de 3 estrelas...isso até o Jasão que é um Saber de 1 (umaaa) estrela. Parabéns Jasão, você é uma vergonha completa.




JASON

O conto Argonautica, datado aproximadamente de 300 a.C., foi e é um dos contos mitológicos gregos mais famosos. O protagonista central dessa história é Jason (ou Jasão), príncipe da cidade de Iolco, cujo tio chamado Pélias usurpou o trono e Jason foi forçado à fugir. Depois de longos anos de treino com Chiron o centauro Jason volta para assumir o trono e Pélias não podia mandar simplesmente matar seu sobrinho, pois isso afetaria sua moral como rei, mas ele precisava se livrar dele, não só pela ameaça ao seu trono, como também por causa de uma previsão que indicava que Jason o mataria. Pélias então mandou o sobrinho em uma missão impossível, buscar o Velo de Ouro, o item mágico do reino de Cólquida (ou Colchis) que diziam trazer grandes riquezas à quem o possuísse e que também tinha grandes poderes curativos. A viagem até Cólquida era cheia de perigos e desafios mortais, Jason sabia que iria precisar do melhor barco e da melhor tripulação possíveis. Foi quando encontrou o construtor de navios Argus, filho de Frixo que quando criança foi quem entregou o Velo de Ouro para o rei Eetes de Cólquida. Argus então constrói a nau Argo com madeira do monte Pélion e o mastro com carvalho da floresta de Dodona onde dizia-se que as árvores eram oráculos. Quanto à tripulação Jason reuniu muitos heróis consagrados, dentre eles Hektor, Teseu, Órion, Orfeu, Atalante e até o próprio Hércules. Assim Jason partiu em em sua jornada com seus Argonautas, como foram chamados por causa da deslumbrante embarcação Argo.



Os Argonautas enfrentaram vários desafios, dentre eles amazonas assassinas e o estreito do Ponto Euxino cujas enormes extremidades se fechavam toda vez que um navio adentrava seu meio, esmagando-o em pedaços, mas Jason teve ajuda dos deuses e a Argo conseguiu passar com poucos danos. Finalmente chegam à Cólquida onde Jason conhece a princesa Medea que se apaixona por ele, provavelmente por um capricho da deusa Hera. Eetes não fica nada disposto à entregar o velo, mas também não pode simplesmente matar o possível herdeiro de um reino distante, então ele manda Jason realizar tarefas mortais que conseguiu vencer com a ajuda de Medea à quem ele prometera se casar para que ela o ajudasse. A primeira tarefa era lavrar um campo usando dois touros gigantes que soltavam fogo pelas narinas, que graças à princesa ficou protegido do fogo. A segunda consistia em semear o campo lavrado com dentes de dragão que floresceram e se tornaram guerreiros esqueletos que o atacaram e novamente Medea o ajudou dando-lhe a dica de fazê-los se atacarem confundindo a audição dos guerreiros. A terceira era matar o próprio dragão que guardava o velo, mas novamente a princesa de Cólquida entrou em ação e adormeceu o dragão. Com o Velo de Ouro em mãos Jason foge de Cólquida junto com Medea que para distrair Eetes matou o próprio irmão Absirto. Finalmente na Argo Medea virou uma Argonauta e juntos enfrentaram mais perigos na volta para a Grécia, inclusive em uma de suas paradas uma feiticeira, Circe, a tia de Absirto e Medea, profetizou que a morte de Absirto seria vingado.




De volta à Iolco Jason retoma o trono matando Pélias com a ajuda de Medea, mas acaba traindo a pobre sacerdotisa com a princesa Glauce, filha do rei Creonte de Corinto, afim de fortalecer seu reino. Como vingança Medea utiliza de seus conhecimentos agora para matar Glauce cujo pai tentando ajudá-la também morreu, assim como seus filhos que teve com Jason e depois foge (dependendo da versão Medea vai embora sem conseguir matar os filhos).  Jason acaba morrendo mais tarde por um pedaço de madeira de navio que cai na sua cabeça. Pelo que parece os deuses finalmente o puniram pela morte de Absirto e pela traição à Medea.




Jason (Saber)

Jason e Glauce em Fate/Stay Night

Jason em Unlimited Blade Works




Na cultura popular

Jason and the Argonauts [Jasão e o Velo de Ouro] (1963): Clássico do cinema com a arte stop motion do mestre Charles Schneer. O filme é um épico de ação e aventura e merece ser assistido.





Jason and the Argonauts [A Vingança do Gladiador] (2000): O motivo da tradução colocar "gladiador" no nome sendo que o Jasão não é nem nunca foi um gladiador foge à minha compreensão, mas bora lá. Esse é uma minissérie que não é tão boa, mas se quiser conferir tem ela inteira no youtube. Vai lá dar uma olhada nos touros mecânicos da era dos deuses.







segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Fate/Saiba Quem Foi: Musashibou Benkei

O guerreiro dito como invencível que acompanhou Yoshitsune em suas aventuras como é descrito nos contos do Gikeiki (Contos do Heike). Na verdade esse personagem do jogo Fate/Grand Order não é o verdadeiro Benkei, por assim dizer, e sim um guerreiro chamado Hitachibou Kaison que é citado brevemente no Gikeiki que também acompanhava Yoshitsune e o verdadeiro Benkei. Após abandonar covardemente a última batalha de Benkei e Yoshitsune, em vergonha, ele passou à divulgar e contar as histórias dos dois heróis sob o nome de Benkei. As histórias sobre o monge invencível foram se espalhando até que a entidade Mundo transformou Benkei em um Espírito Heróico e como Kaison havia assumido o nome do monge é ele quem acaba sendo invocado. Bora pra história do bicho.




MUSASHIBOU BENKEI

Saito Musashibou Benkei foi um sohei (monge guerreiro) nascido no ano de 1155 no Japão. Existem muitas lendas sobre Benkei, tantas que até fazem ele parecer mais um personagem folclórico ao invés de um ser humano. Dizem que ele nasceu de uma garota, filha de um ferreiro, que foi estuprada por um líder de um templo santuário; outros que ele é filho de um deus de um templo e também diziam que seu rosto era feio como o de um ogro, tinha longos cabelos e dentes grandes o que durante a infância lhe rendeu o apelido de Oniwaka (criança demônio). Ainda criança se juntou à um monastério e viajou visitando vários monastérios budistas que também funcionavam como uma força militar própria e com eles Benkei começou a treinar com a naginata (uma espécie de lança com uma lâmina meia lua na ponta) e também aprendeu sobre o budismo e os ensinamentos sobre os Arhat (dito no budismo como uma espécie de iluminação total e tem várias formas de se chegar à essa iluminação) e aos 17 anos Benkei já tinha 2 metros e uma atitude briguenta o que o fez ser expulso do monastério.


Passou um tempo como um yamabushi (monges montanheses conhecidos por seus capuzes pretos), provavelmente em peregrinação pelos 500 Arhat, depois construiu o seu próprio santuário budista perto de uma ponte por onde passava uma correnteza abaixo e lá se dedicou a derrotar cada guerreiro que ousasse passar pela ponte. Benkei derrotou 999 guerreiros e confiscou a espada de cada um, seu milésimo oponente foi Minamoto no Yoshitsune, filho do senhor da guerra Minamoto no Yoshitomo. Yoshitsune consegue derrotar o guerreiro gigante e ao invés de matá-lo o jovem fez de Benkei seu soldado e este o seguiu lealmente. Benkei possuía sete armas que carregava nas costas, eram elas uma makagiri (machadinha), um rake (ancinho), uma nagihama (foice pequena), uma hizuchi (marreta pequena), um nokogiri (serrote) e sua naginata, com elas derrotou vários guerreiros ajudando seu lorde Yoshitsune na guerra Genpei contra o clã Taira e juntos venceram. Porém, depois da guerra, o irmão mais velho de Yoshitsune, Minamoto no Yoritomo, o acusou de traição, dizimou os soldados do irmão até sobrarem apenas Benkei e Yoshitsune que passaram a ser foragidos.




Ficaram foragidos desde 1185 até que em 1189 foram cercados pelos soldados de Yoritomo no castelo Koromogawa no tate. Vendo que este era o fim Yoshitsune decidiu fazer o seppuku (o ritual suicida) para ter uma morte honrosa e deu apenas uma última ordem para Benkei, que não deixasse ninguém entrar no castelo até que ele terminasse. Benkei se dirigiu para a ponte do castelo, mesmo intimidados alguns soldados foram enfrentá-lo e só encontraram a morte nas mãos de Benkei. Vendo que não conseguiriam derrotá-lo em uma luta os soldados o atacaram com uma saraivada de flechas. Terminado o ataque Benkei continuava em pé na ponte, quando os soldados finalmente tomaram coragem para chegar perto viram que ele estava de fato morto e que na verdade algumas flechas haviam segurado seu corpo fazendo parecer que ele estava em pé. Porém Benkei cumpriu o seu dever, defendendo lealmente o seu senhor até o final, e esse momento ficou conhecido como Benkei no Tachi Ojo (Benkei em pé na morte).




Musashibou Benkei (Lancer)




Na cultura popular

Tora no o wo fumu otokotachi [Os Homens que pisaram na cauda do tigre] (1945): Filme clássico do grande diretor Akira Kurosawa, contando uma pequena parte dos contos do Gikeiki, mais precisamente a parte em que Yoshitsune, Benkei e seu grupo estão disfarçados como monges para fugir da perseguição dos homens de Yoritomo, o irmão de Yoshitsune que o traiu. O filme não tem luta, é mais um suspense, mas muito bem feito.




Gojoe (2000): Um típico filme de ação com artes marciais. Benkei, um ronin (samurai sem mestre) que se tornou monge busca pagar pelos pecados do seu passado. Ao receber a previsão do aparecimento de um grande mal na ponte Gojoe ele parte para lá para destruí-lo. Não é ruim, é só normalzinho e as lutas são até empolgantes.








OBS: Ao que parece existem filmes mais antigos sobre Benkei, mas não encontrei para assistí-los.






domingo, 15 de setembro de 2019

Fate/Saiba Quem Foi: Phantom of The Opera

O atormentado ser em busca de seu amor inalcançável, o Fantasma da Ópera, que ficou popular através dos vários musicais. Ele possui a habilidade de Innocent Monster (Monstro Inocente), habilidade que os servos cujas histórias são formadas por atos atrozes possuem, que pode transformar seu rosto e suas mãos em formas grotescas, mas na maior parte do tempo ele é um típico cavalheiro de bela aparência. Ele aparece no jogo Fate/Grand Order como um personagem jogável e como um boss.




PHANTOM OF THE OPERA

Le Fantôme de l’Opéra (O Fantasma da Ópera) é um romance francês escrito pelo jornalista Gaston Leroux, os capítulos foram lançados desde 23 de setembro de 1909 à 8 de janeiro de 1910, mas na época não foi muito popular e suas publicações pararam. Mesmo assim, em 1925, foi lançado um filme mudo inpirado no livro e acabou sendo reconhecido como bom pela crítica e aos poucos a obra foi recuperando a popularidade, vindo a ser adaptada várias vezes como peças de teatro, mais filmes, o famoso musical da Broadway de 1986 e até a banda Iron Maiden canta uma música baseada na estória. Phantom (Fantasma) e Christine são os personagem de foco da estória e, apesar de que o romance entre os dois é só fantasia do livro, acredita-se que esses personagens foram baseados em pessoas reais. No caso de Christine a base poderia ser a cantora soprano Christina Nilsson por suas similaridades com a personagem. Diziam que Nilsson possuía uma voz belíssima e que era muito bonita. Quanto ao Phantom a história é mais longa.



De acordo com o boato, em uma pequena vila na França existiu um garoto chamado Erik que nasceu com o rosto deformado e por isso sua mãe o fazia usar uma máscara. Fugiu com um circo itinerante se tornando uma das atrações. Durante suas viagens aprendeu arquitetura e ao voltar para a França caiu nas graças de Charles Garnier, o fundador da famosa Ópera Garnier, e acabou ajudando no projeto. A Ópera Garnier também serviu como base para a casa de ópera do livro pois também possui túneis subterrâneos e um lago subterrâneo. Erik passou a viver como um cavalheiro da época usando sempre a sua máscara para esconder seu rosto, mas mesmo assim era respeitado. Assim como no livro Erik também possuia um assento especial na casa de ópera onde podia ir e vir à vontade usando um buraco na coluna e sem ser visto. Erik também se apaixonou por uma cantora que se apresentou no Ópera Garnier, mas foi rejeitado e acabou sequestrando a mulher. Semanas depois foi encontrada e ela partiu logo de Paris, porém Erik não foi encontrado.




Supostamente, anos depois, quando a ópera da Bastilha foi construída para substituir a Ópera Garnier, um trabalhador encontrou um pequeno apartamento nos subterrâneos junto com um esqueleto usando um anel dourado que Erik costumava usar. Dizem que ele ficou com o coração tão partido que resolveu se trancar no apartamento até morrer. No livro o personagem também assume o nome Erik comopseudônimo. Ele vive nos subterrâneos cobrando dos administradores uma certa quantia para que ele não atrapalhe as apresentações. Se apaixona por Christine, tanto que clamava “Christine Christine” pelas paredes da ópera e faz de tudo para que ela se saia bem, desde à lições de canção até supostos assassinatos. Um dia Erik passa a querer mantê-la somente para si, porém a garota tenta fugir com seu amigo de infância Raoul e por isso Erik a sequestra e a força a querer se casar com ele. Temendo pela vida de Raoul e dos outros Christine aceita e acaba recebendo por Erik um beijo na testa sem o menor temor ou repúdio e isso faz com que Erik se sinta muito alegre por ter sido tratado como ser humano e por isso a liberta para ficar com o homem que ela ama e tudo que pediu é que quando ele morresse ela o enterrasse junto com o anel dourado que ele deu. Anos mais tarde seu esqueleto é encontrado com o anel.




Phantom of the Opera (Assassin)




Na cultura popular

The Phantom of the Opera (1925): Filme mudo com Lon Chaney no papel principal. Esse é o filme dessa lista que talvez chegue mais perto de representar bem o livro, pois ele segue adaptando praticamente todas as cenas do livro de modo bem parecido, com exceção do final que é bem diferente, e a maquiagem do Phantom é a mais bem feita dessa lista, pois é a mais horripilante. Segue uma das cenas abaixo.




The Phantom of the Opera (1943): Talvez não devesse botar esse na lista por ter uma trama um pouco diferente do que seria a obra original, mas tem outros nessa lista com esse mesmo problema e vou tentar encarar como uma visão diferente da história, no final todos carregam um clima que lembra o Fantasma da Ópera. O protagonista é Erique Claudin que ao ter sua obra roubada e seu rosto derretido em ácido por um acidente passa à atormentar o povo do teatro no qual trabalhava.




The Phantom of the Opera (1962): Novamente um pobre compositor, Petrie, tem sua obra roubada e na tentativa de queimar toda sua obra como vingança acaba queimando seu rosto. E agora ele ensina secretamente uma garota chamada Christine para que ela encene sua música na próxima peça e ele veja sua obra concluída.




The Phantom of the Opera (1989): Se você gosta de filmes slashers (provavelmente) vai gostar desse. Um misterioso compositor que teve seu rosto desfigurado começa à ensinar canto para Christine e mata todos que cruzam o caminho dela e o seu próprio. A "máscara" que ele usa são pedaços de pele costurados ao seu rosto. Dando logo o spoiler, porque é bem merda, ele não morre, mas vive (sei lá como) até os dias modernos onde tenta tomar para si a reencarnação de Christine.




The Phantom of the Opera (2004): O filme musical baseada na peça teatral que tornou a obra popular. As músicas são bonitas e tudo, mas o filme é bem normalzinho.







OBS 1: Em 2011 foi feito um reencenamento do musical chamado The Phantom of the Opera at the Royal Albert Hall.

OBS 2: A obra Fantasma da Ópera obviamente tem bem mais adaptações, incluindo um filme de 1983 que segue uma história sem a trama das lições de Christine (não tenho certeza) e por isso não está na lista e um filme que vale ser assistido, não por ser bom, mas sim por suas bizarrices, Phantom of Paradise de 1974.




Fate/Saiba Quem Foi: Calígula

O imperador mais conhecido por suas tiranias e perversões. O personagem Calígula no mundo de Fate não muda muito de quem foi sua figura histórica. A única diferença é que ele vira um cara porradeiro, por assim dizer, quando é invocado, ele consegue derrotar inimigos só com suas mãos, mas isso também se deve ao fato de ele ser invocado na classe Berserker. E também o motivo da loucura de Calígula em Fate, ao que parece, deve-se à deusa da lua, Diana, inclusive seu Fantasma Nobre consiste em invocar a lua e através de sua luz ele transmite a loucura de sua mente para as mentes daqueles atingidos pela luz. Eu fico imaginando que o que é transmitido na verdade é o filme do Calígula, aquele com o ‎Malcolm McDowell‎. Imagina o inferno que seria ter esse filme passando na sua mente direto. Calígula também aparece no mangá spin-off Fate/Extra CCC: Fox Tail. Vejam agora quem foi essa figura assustadora.




CALÍGULA

Nascido da união entre Germânico e Agripina Maior, Caio Júlio César Augusto Germânico acompanhou seu pai em suas campanhas desde os três anos. Nessas campanhas ficou popular entre os soldados que achavam engraçado a criança usando pequenas cáligas (uma espécie de sandália) e por isso ganhou o apelido de Calígula (botinha). A mãe de Calígula era neta do primeiro imperador de Roma, Augusto, ainda vivo na época do garoto. Estando para morrer Augusto nomeou Tibério, seu enteado, como sucessor. Porém Tibério não era querido pelo povo romano por ele ser peverso e sabendo disso Augusto o convenceu a adotar o popular general Germânico (pai de Calígula) como filho e nomeá-lo como herdeiro. Germânico acaba morrendo levantando suspeitas da família de Calígula contra Tibério que mandou a mãe do garoto, Agripina Maior, para uma ilha remota onde morreu de fome, e ainda prendeu os dois filhos mais velhos dela, um se suicidou e o outro morreu de inanição. Depois disso o pequeno garoto foi enviado para viver com a bisavó Lívia (esposa de Augusto) junto com suas irmãs Lívila, Drusila e Agripina.



Se passou alguns anos e Calígula voltou para junto de Tibério que o adotou como filho e apesar de no fundo odiar o imperador que causou todo o seu drama familiar, ele nada podia fazer contra o homem mais poderoso de Roma. Provavelmente devido a esse ambiente de raiva e frustração causados pelo fato de ser “filho” do assassino de sua mãe e seus irmãos o jovem começou a perder a sanidade. Dizem que ele gostava de assistir a execuções e passar a noite em orgias. Com a morte de Tibério no ano 37 d.C, Calígula, com 24 anos, se tornou imperador e logo mandou libertar cidadãos presos injustamente, eliminou vários impostos e promoveu vários eventos públicos como corridas de bigas, lutas de gladiadores e peças de teatro, basicamente começando bem o seu reinado. Porém seis meses depois de assumir o posto o jovem adoeceu devido às suas orgias excessivas e quase morreu o que piorou a sua sanidade mental.




Existem muitos relatos das loucuras cometidas por Calígula, algumas das mais populares são tidas como puro exagero, tais quais a de que ele ordenara matar uma família inteira, mandava executar quem quer que falasse dele na rua, devorar os testículos de seus inimigos e uma das loucuras mais conhecidas, a de que ele nomeou seu cavalo favorito, Incitatus, como senador. Há relatos também de que ele teve relações incestuosas com suas três irmãs, mas não se sabe se é verdade. Porém é fato que Calígula começou mesmo a perder o rumo de como reinar, gastando exorbitantemente e devido à isso voltou a cobrar impostos ainda mais altos. Também mandou trocar várias cabeças de estátuas de divindades pela sua própria, pois ele mesmo se achava um deus. Mas ele adorava alguns deuses, como Diana (deusa da caça e da lua) para quem construiu um barco tão grande quanto um templo e mais dois menores e navegava com eles no Lago Nemi, perto de um santuário da deusa, em noites de verão, época em que Diana florescia nas noites de lua cheia e ele dizia receber a força vital da terra. Devido a tudo isso Calígula começou a perder popularidade entre o povo romano e o apoio do Senado. Então no ano 41 d.C, alguns soldados, também já fartos das insanidades, o atacaram e mataram o jovem imperador nos seus tenros 28 anos.




Calígula (Berserker)




Na cultura popular

I, Claudius (1976): Baseada em um livro, essa série da BBC conta a história do primeiro imperador de Roma até o imperador Claudius (que é quem narra a história), imperador que assumiu depois de Calígula, que aqui é interpretado por John Hurt ainda jovem (pesquisa que você deve lembrar dele por rosto). Muito boa, um pouco lenta, mas boa e está disponível no YouTube com legenda em português.




Calígula (1979):.............não....não por favor não não......




Caligola - la storia mai raccontada (1982):......um cavalo não não, chega...........





Roman Empire: Caligula - The Mad Emperor (2019): Acabou? Uff, bom, Roman Empire (Império Romano) é uma série documentário da Netflix, só que bem mais trabalhada e produzida. A terceira temporada conta a história de Calígula. Vale à pena conferir.