CHARLOTTE CORDAY
27 de julho de 1768, data de nascimento de Marie-Anne Charlotte de Corday d’Armont, que viria à ser uma figura de pouco destaque, mas importante de certa forma, na Revolução Francesa, que dividiu os franceses entre o grupo dos ricos consevadores que queriam manter o governo do jeito que estava com cada grupo no seu lugar fazendo sua parte e o resto do povo mais pobre que queriam uma mudança nas leis que lhes dessem mais direitos. Charlotte nasceu entre a aristocracia normanda e como tal foi educada em seus valores tais como honrar o estatuto social estabelecido e o respeito à instituição monárquica. Assim como muitos aristocratas na época Charlotte não deu muita importância à revolução do povo francês no início em 1789, mas conforme a violência foi aumentando e o grupo rebelde ia se fortalecendo começou à ver que a situação ficara séria.
Em março de 1793 decidiu entrar para a disputa política do lado dos girondinos (os nobres) contra os jacobinos (os rebeldes). O lado dos girondinos não estava favorável e Charlotte viu vários fugirem por causa das ameaças de prisão. Do lado dos jacobinos existia também Jean-Paul Marat, deputado e redator radical do jornal L’Ami du Peuple (O Amigo do Povo), que não media esforços nem escolhia os meios para incentivar o terrorismo e a violência contra os girondinos, mesmo publicando falsas acusações no jornal o que levou muitos à morte pela guilhotina. Mesmo assim Charlotte continuava seus esforços políticos para apaziguar a luta o quanto pudesse, mas cada vez mais acreditava ser em vão ir contra a violência apenas com palavras. Charlotte então toma uma decisão drástica, ela não poderia lutar uma guerra, mas poderia acabar com a fonte de várias mortes dos girondinos e que incitava o terrorismo, Jean-Paul Marat. Ao descobrir onde o redator morava tratou de comprar uma faca e foi até a casa de Marat, mas foi impedida de entrar. Então escreveu uma carta ao próprio dizendo ter informações sobre traidores da França e Marat decide recebê-la. Como Charlotte não possuía um rosto conhecido publicamente isso lhe deu vantagem. Marat à recebe durante seu banho, recebe o papel com as tais informações e logo após dizer que os traidores ali descritos serão guilhotinados Charlotte o esfaqueia ainda em sua banheira.
Após ser presa em flagrante Charlotte espera por seu julgamento que começa após o funeral de Marat. Durante todo o processo Charlotte está com um semblante calmo e não pretende esconder suas ações nem os motivos pelos quais o fez, pois está convicta de ter feito o certo para o futuro de paz do seu país. Ao trazerem provas físicas do crime Charlotte logo admitia pertencerem à ela, quando perguntavam sobre cúmplices logo falava que não havia ninguém e que planejou tudo sozinha, sempre admitindo a verdade sobre tudo e até mesmo seu defensor começou à perceber o quão corajosa era a garota, tanto que quando a acusação tentou alegar insanidade, por questões públicas, ele logo desmentiu dizendo ser uma ofensa para a réu em questão, que isso tiraria sua honra e isso agradou muito Charlotte. Finalmente é decidido a sua execução pela guilhotina e esperando na prisão Charlotte agradece seu advogado pela defesa no julgamento. Charlotte Corday foi executada no dia 17 de julho de 1793, quatro dias depois do crime, na Praça da Revolução, ainda acreditando na paz futura, um sonho ensolarado ou em francês le reve ensoilelle.
Charlotte Corday (Assassin)
Na cultura popular
Mort de Marat (1897): Um curta com menos de 1 minuto dirigido pelos pais do cinema, os irmãos Auguste e Louis Lumière, mostrando o momento em que Charlotte esfaqueia Marat.
Charlotte Corday (2008): Um filme francês pra televisão que mostra o assassinato de Marat e o julgamento de Charlotte.
La muerte de Marat (2011): Um curta, dessa vez de produção espanhola, mostrando somente o assassinato de Marat.
OBS: No filme La Revolution Française: Les Années Terribles (o segundo da duologia) Charlotte também aparece, mas só na cena em que ela mata Marat. Eis a cena abaixo se quiser conferir.
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